O Partido dos Trabalhadores realizou uma coletiva conjunta na tarde desta sexta (28), reunindo lideranças da Região Metropolitana do Recife e a presidente nacional, Gleisi Hoffmann, entre outros nomes de siglas aliadas, como os deputados federais Pedro Campos (PSB) e Renildo Calheiros (PCdoB).

Ainda ontem (27), o PT anunciou que houve unidade interna para a vice do Recife, em torno do nome do assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Mozart Sales, que também participou do evento de hoje. A sugestão será apresentada formalmente ao prefeito João Campos (PSB), que possui outras opções para protagonizar ao seu lado na majoritária.

Nos bastidores, lideranças petistas têm estimulado a militância a votar em Dani Portela (PSOL), caso o PT não tenha a vice do socialista no Recife. Se este cenário se concretizar, pode levar Gilson Machado (PL) ao segundo turno, fazendo com que o PT fortaleça, indiretamente, não só a direita, mas o bolsonarismo tão combatido pelo partido. Questionada sobre o assunto, Gleisi se fez de desentendida e reforçou o alinhamento existente entre o PT e o PSB, independente da chapa majoritária.

“Primeiro, eu desconheço qualquer movimento silencioso. Se é silencioso a gente não ouve, não sei se tem impacto. Movimento para ter impacto tem que ser movimento de fala. Primeiro, reafirmar aqui a nossa aliança com o PSB. Isso não impede a gente de fazer uma discussão de composição e num cenário de muita tranquilidade”, disse a presidente nacional do PT.

Gleisi ainda reforçou que a união do campo de esquerda em 2024 é importante para a repercussão que terá na eleição de 2026.

“Esse campo é muito importante para nós, do ponto de vista da disputa no Brasil. E, obviamente, a gente reproduz esse campo onde nós pudermos reproduzir em vários estados brasileiros e isso tem sido a regra”, disse a petista, que completou: “aqui não tem imposição, aqui não tem nenhum método diferente que não seja o da conversa”.