Em uma publicação feita ontem (29), em suas redes sociais, a deputada estadual Rosa Amorim (PT), celebrou a questionável vitória de Nicolás Maduro, na Venezuela. Diferente do presidente Lula, que preferiu manter cautela em relação à eleição do país vizinho, o Partido dos Trabalhadores reconheceu como legítima a reeleição do ditador que está no poder desde 2013, quando era vice de Hugo Chávez e assumiu o cargo após a morte do ex-presidente. Na publicação, Rosa enalteceu o projeto iniciado por Chávez.
“A esquerda venceu na Venezuela! Com 51,2% dos votos, Maduro venceu as Eleições 2024 na luta em defesa dos direitos do povo e dos ideais da Revolução Bolivariana. Por uma América Latina soberana, livre e forte!”, escreveu. “O presidente Nicolás Maduro venceu as Eleições da Venezuela, derrotando a extrema direita imperialista. Comemoramos esta vitória em defesa da soberania do povo venezuelano que decidiu nas urnas dar continuidade ao projeto sonhado por Hugo Chávez e que continua através de Maduro”, completou a deputada.
Nos comentários há alguns poucos que concordam, mas a grande maioria é de pessoas criticando a publicação de Rosa Amorim, principalmente os próprios eleitores de esquerda. “Não dá para sustentar a ‘vitória’ do Maduro. Existe limites até onde nossos posicionamentos políticos podem chegar. Maduro não é vitorioso e demarca uma fragilidade nas eleições da Venezuela”, escreveu Victor Monte. “Equívoco celebrar a eleição fraudulenta de Maduro. A esquerda se perdendo e dando espaço para o avanço da extrema direita”, disse Juliana Guerra.
Outro internauta, que é de Caruaru, foi mais enfático e ainda citou o “sumiço” da parlamentar que é da cidade, mas depois que abriu mão da pré-candidatura para apoiar Zé Queiroz (PDT), quase não é vista pelo município – resumindo sua presença às pautas do MST.
“Pelo visto, tá tudo bem um outro presidente dizer que se não ganhar pode haver banho de sangue, acusar o sistema eleitoral brasileiro com mentiras, prender opositores. Deputada, Pernambuco está recheado de problemas. Caruaru, cidade que a elegeu, nem se fala. A senhora sequer pisa no município, que em 1 semana chegou a ter cerca de 5 homicídios, incluindo um feminicídio”, criticou Flávio Geison.