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O senador Humberto Costa (PT) reuniu um grupo de jornalistas na tarde desta quinta (6), num restaurante da Zona Norte do Recife, para um momento de confraternização e um bate-papo sobre o cenário político atual. Uma das principais avaliações foi referente ao pleito de 2026, que deve contar com a disputa entre o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e a governadora Raquel Lyra (PSDB).
Atualmente, o Partido dos Trabalhadores se mantém com um pé em cada canoa, com integrantes ocupando espaços na gestão socialista no Recife, mas também próximos ao Palácio do Campo das princesas atuando pelo fortalecimento de Raquel. O senador reiterou que a decisão de apoiar um, outro ou até manter os dois palanques, será feita pela nacional dentro da estratégia para a reeleição do presidente Lula.
“Dificilmente, a gente vai fazer qualquer coisa que não seja dentro de uma estratégia nacional. A definição nacional não está clara ainda, então, não dá para tomar uma posição agora”, disse.
A relação histórica com o PSB é algo que deve ser levado em consideração na decisão sobre um possível apoio. Entretanto, Humberto comentou que os ‘arranhões’ podem também fazer a diferença. Um dos exemplos mais recentes foi a eleição de 2024, em que o PT foi rifado da vice de João Campos.
“Nós temos uma trajetória de relação política com o PSB aqui em Pernambuco, que é muito antiga. É verdade que, nos últimos tempos, ela tem sido mais tapa, mas também teve beijos recentes. Então, se a gente for levar em consideração essa trajetória histórica, há uma grande possibilidade de a gente estar com o PSB. Agora, como já houve tapas em um momento, a gente tem que esperar para ver”, avaliou o senador.
Humberto também avaliou a proximidade que a bancada petista na Alepe vem cultivando com a governadora Raquel Lyra. Inclusive, com integrantes que defendem um reposicionamento, saindo da oposição. Alguns deles foram os deputados João Paulo e Doriel Barros, sendo o segundo presidente estadual do partido. Costa defendeu que no “jogo parlamentar” existem coisas muito particulares que dão uma certa autonomia às bancadas.
Para o senador, não se pode proibir que alguém aceite um “convite pessoal”, mas que é importante deixar claro não ser uma aliança partidária. Até o momento, nenhum filiado apresentou formalmente qualquer pedido para que o PT reavalie a oposição a Raquel Lyra. Humberto disse que apesar de ainda haver falhas de cunho político por parte da governadora, a gestão dela tem melhorado gradativamente.
“Foi um governo que criou muita expectativa. Eu acho que os principais problemas que o governo enfrentou, e que ainda enfrenta, são de ordem política. A gente vê por pesquisa que as coisas estão mudando, mas ainda do ponto de vista político, eu vejo que existem algumas dificuldades. Estamos observando como é que essa coisa vai ficar”, finalizou.