
Mantendo o alinhamento com a direção nacional, o PSDB decidiu, em reunião realizada ontem (29), deixar a base do governo Raquel Lyra na Assembleia Legislativa de Pernambuco. No entanto, a legenda não integrará oficialmente o bloco de oposição na Casa, optando por uma posição de independência.
Atuar no campo da independência faz parte de uma estratégia política. Na redistribuição e indicação dos espaços nas comissões, é o Executivo quem perde fôlego na Alepe. Embora seja legítima a movimentação da deputada Débora Almeida em defesa da governadora Raquel Lyra (PSD) dentro da instância partidária, no atual contexto é ela quem se distancia das diretrizes da sigla.
É natural, portanto, que o PSDB não esteja no palanque de Raquel em 2026. Não apenas pela forma como a chefe do Executivo estadual deixou o partido, mas também pelos indicativos dados pelo deputado Álvaro Porto (PSDB), presidente da Assembleia e voz de peso na reorientação da legenda tucana em Pernambuco.
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Dança das cadeiras – Apesar de o PSDB ter destituído a deputada Débora Almeida da titularidade nas comissões de Justiça e Finanças da Alepe, colocando o deputado Diogo Moraes em seu lugar, o ofício enviado pelo partido indica a parlamentar governista como suplente. Assim, apenas na ausência do correligionário ela poderá participar das votações nesses colegiados.
Pauta do dia – A Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Alepe vota na manhã desta terça (30) a autorização para a missão internacional que a governadora Raquel Lyra (PSDB) vai cumprir na China e Dinamarca, além dos vetos da chefe do Executivo às emendas modificativas na LDO. A tendência é de que a primeira seja aprovada com facilidade, já a segunda, derrotada, o que levará a decisão para o plenário.
Giro pelo interior – Buscando uma maior aproximação com as bases, a deputada federal Maria Arraes (SD) iniciou, no último sábado (28), uma série de visitas a municípios do interior. Ela já passou por Feira Nova, São Joaquim do Monte e Lajedo. Durante as agendas, a parlamentar destacou que, nos últimos dois anos, destinou mais de R$ 33 milhões em recursos para investimentos no Agreste pernambucano.
Simbolismo – Enquanto outros governadores, apontados como presidenciáveis, prestigiaram a posse do ministro Edson Fachin na presidência do STF, Tarcísio de Freitas (Republicanos-PB) visitava Jair Bolsonaro, que está em prisão domiciliar. O gesto revela uma dependência do gestor do principal estado do país para qualquer projeto político em 2026.
Manutenção – Atendendo a uma solicitação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP), o ministro do STF Luiz Fux deferiu o pedido para que a Corte mantenha o mesmo número de deputados federais das eleições de 2022 nas eleições de 2026. Com essa decisão, a alteração no número de parlamentares, que aumentaria de 513 para 531, será aplicada somente a partir das eleições de 2030.