A gestão do prefeito Keko do Armazém está na mira do Ministério Público de Pernambuco. A informação já tinha sido trazida na coluna Cenário Político aqui do Blog Cenário, mas ontem (10) nossa reportagem conseguiu novos elementos.
Na semana passada, o MPPE publicou em seu Diário Oficial algumas informações sobre o inquérito civil nº 02326.001.543/2023, sob responsabilidade da promotora Alice de Oliveira Morais, que atua na Segunda Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania. O documento afirma que o objetivo é apurar uma denúncia de enriquecimento ilícito, por parte de “um servidor” do Cabo de Santo Agostinho, através de suposta cobrança de propina, sem mais detalhes.
Entramos em contato com o MPPE, para buscar mais esclarecimentos sobre o caso, mas nos foi informado que não seria possível, pois está sob sigilo. Entretanto, na última terça (9), a mesma promotora publicou outro inquérito civil (nº 02326.001.510/2023), que está apurando denúncias sobre suposto desvio de recursos públicos no município. O texto cita como alvos das denúncias o secretário de Obras Públicas e seus familiares.
As duas investigações terão um prazo de 90 dias. Apesar de o MPPE não explicitar os nomes dos investigados, ambos os procedimentos são datados de 2023, dando a entender que, entre os denunciados está o atual secretário de Obras, Marcos Matoso, que comanda a pasta desde 2021.
O blog procurou a Prefeitura do Cabo, que enviou nota afirmando que não negou tratar-se do atual chefe de Obras. O município informou que “os citados no processo” estão à disposição do MPPE para prestar quaisquer esclarecimentos, assim como já vêm fazendo. A gestão de Keko ainda minimizou a situação, afirmando que os casos apurados pelo órgão, em sua maioria, são fruto de denúncias anônimas – como se isso mudasse os fato de que há investigações em curso.
Confira a íntegra do posicionamento:
Em resposta, a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho informa que os processos citados se referem a procedimentos de investigação onde o Ministério Público, por dever legal, exerce seu papel de órgão fiscalizador quando é acionado por meio de denúncias, em sua maioria, anônimas. Os citados no processo sobre “suposto desvio de recursos públicos”, como destaca a Promotoria de Justiça, estão disponíveis para prestar os devidos esclarecimentos ao Ministério Público, como vem ocorrendo.