16 de agosto de 2024 às 12h45min
Durante sua primeira agenda de campanha, realizada na manhã desta sexta (16), na comunidade conhecida como Caranguejo Tabaiares, localizada na Ilha do Retiro, Zona Oeste do Recife, o ex-secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco e candidato a prefeito, Daniel Coelho (PSD), falou sobre a escolha do local.
Como o Blog Cenário trouxe mais cedo, a comunidade já foi contemplada no fim do ano passado pelo programa Minha Casa, Minha Vida e segue os trâmites para a construção do habitacional com 280 unidades, além de uma creche. A decisão de realizar o pontapé num local que já está em processo de implantação, foi considerado um “erro estratégico” da campanha, o que o próprio Daniel rebateu em coletiva.
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“Não tem nenhuma placa de construção. Quem sabe amanhã eles não venham aqui e colocam a placa e a gente vai voltar para mostrar que precisa a nossa campanha, que está tirando os filtros da cidade para fazer a prefeitura trabalhar e lembrar do povo de Caranguejo Tabaiares. Então, 11 anos sem ter feito, prometer para frente, é uma ofensa ao povo dessa comunidade, é uma ofensa às 70 mil famílias que estão vivendo em área de risco na cidade. Então, foi muito importante inclusive a gente provocar. O nosso primeiro ato foi um grande acerto estratégico”, disse Daniel. “A gente vai passar lá no terreno e vai ver que não tem nada, não tem um prego. De promessa e de palavra, o povo aqui está cansado”, completou.
Já a ex-secretária da Mulher do Estado e candidata a vice-prefeita, Mariana Melo, garantiu estar preparada para o desafio e falou sobre sua experiência na infância e adolescência ao criticar o déficit habitacional na capital pernambucana.
“A minha preparação vem de muito tempo, não só pela minha história de vida, como a mulher que vem da periferia do Recife, já morei em diversos bairros, justamente por isso, porque a gente não tinha habitação digna, a gente não tinha moradia digna. Uma mãe solo, com duas crianças, percorrer vários bairros dessa cidade, porque não tinha habitação, é algo que não pode ser repetido mais. A gente precisa que isso mude. Isso já faz mais de 30 anos, e muitas pessoas ainda vivem nessa condição, então a gente precisa usar essa sensibilidade pelo fato de eu ter vivido isso, e também as minhas competências técnicas, para que a gente trabalhe por um Recife sem filtro e mude a vida das pessoas”, afirmou Mariana durante coletiva.
