A noite desta segunda (23) tinha tudo para ser tranquila na política caruaruense, não fosse um vídeo contra o prefeito e candidato à reeleição de Caruaru, Rodrigo Pinheiro (PSDB), que começou a circular em grupos de WhatsApp.

O material expõe uma acusação, no âmbito da Lei Maria da Penha, a qual o gestor foi enquadrado no ano de 2017, quando ele já era vice-prefeito do município, na primeira gestão de Raquel Lyra (PSDB). O vídeo, que não tem assinatura, inicia com o questionamento: “a população de Caruaru realmente conhece o prefeito Rodrigo Pinheiro?”, para, em seguida, detalhar o caso.

De acordo com o material, a então companheira de Rodrigo registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher de Caruaru, alegando ameaça por violência doméstica e familiar. O ato foi classificado como doloso, ou seja, intencional.

A ex-companheira estava com Pinheiro há cerca de 10 anos, sendo três deles como união estável. Com o fim do relacionamento, eles teriam chegado a um acordo em que o então vice de Raquel teria que pagar uma pensão mensal ao longo de dois anos, mas no meio do caminho ele teria deixado de fazer os depósitos.

“Ao ser cobrado, Rodrigo, descontrolado, disse que, caso [a vítima] continuasse com cobranças, as consequências seriam graves. Diante das sérias ameaças, a ex-companheira do prefeito procurou a delegacia da mulher para que ele fosse enquadrado na Lei Maria da Penha. Agressão, ameaça, descontrole. Esse é o Rodrigo Pinheiro Cidadão. Você confiaria em alguém assim”, narra um trecho do vídeo viralizado no WhatsApp.

O Blog Cenário consultou o inquérito no sistema de consulta pública do TJPE e confirmou que realmente existe uma denúncia no âmbito da Lei Maria da Penha contra Rodrigo. Os detalhes, no entanto, não estão públicos.

Com a proximidade do primeiro turno, os analistas que acompanham os bastidores da política já enxergam que este fato novo deve impactar (e muito) o projeto de reeleição do substituto de Raquel Lyra.