O pano de fundo eleitoreiro na CPI da Educação em Gravatá

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Por Karol Matos
15 de maio de 2025 às 18h15min
Foto: Divulgação

A Câmara de Gravatá aprovou, nesta semana, a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar questões relacionadas à Educação do município. O debate sobre a utilização de recursos e funcionamento da educação municipal é extremamente necessário, entretanto, tem se tornado palco para um movimento político oposicionista. Apesar da secretaria de Educação, Joselma Melo, não ter se furtado a estar presencialmente prestando os esclarecimentos necessários, ainda assim, a CPI foi aprovada.

É válido afirmar que a fiscalização é uma função essencial do exercício parlamentares, mas não deixa de ser uma realidade que boa parte dos vereares bate continência para tudo que o presidente Léo do Ar (PP) ordena na Casa. A CPI, inclusive tem a participação dele e de outros atores políticos que atuam na oposição à gestão do prefeito Padre Joselito (Avante) no município, refletindo que a aprovação da CPI não passa de uma ação claramente política.

Ao longo do seu primeiro governo, o Padre Joselito conseguiu alcançar importantes avanços estruturais, realizou pagamento dos servidores em dia e consolidou uma agenda de eventos que atrai turistas e fomenta a economia do município. Atualmente, ele está no quinto mês do seu segundo mandato, com projetos e tempo para colocá-los em prática.

Alguns dos fatos que não têm sido levados em consideração, por exemplo, é que a vereadora Ninha Professora, filiada ao PSB, já foi também secretária de Educação de Gravatá e, na época, foi responsável por uma série de contratos que colocou sua gestão em xeque, como a imprensa divulgou amplamente. À época, Ninha assinou um contrato de mais de meio milhão de reais referente a obras deixadas pela gestão anterior. Fato este esquecido pela CPI, que tem um foco específico.

Quem acompanha os bastidores da política vêm observando que o nome da atual secretaria de Obras e Serviços Públicos, Viviane Facundes, que também é primeira-dama da cidade, tem sido lembrado para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Com serviços prestados por Gravatá, ela vem se fortalecendo e mostrando competência para a função.

O objetivo principal da CPI é justamente o enfraquecimento do grupo político, liderado pelo prefeito e pela primeira-dama, que se consolidou como uma gestão de renovação na cidade. Com 2026 e 2028 como principal pano de fundo da CPI da Educação, não restam dúvidas de que a ansiedade dos parlamentares não é em esclarecer qualquer questão que seja de interesse dos gravataenses, mas sim, fazer um movimento eleitoreiro que em nada beneficia a população.

Karol Matos

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