Priscila cobra respostas sobre materiais dos hospitais de campanha

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Publicado por Américo Rodrigo
25 de novembro de 2020 às 17h45min
Foto: Roberto Soares

A deputada estadual Priscila Krause (DEM) denunciou em vídeo postado nas redes sociais, há pouco, o descumprimento da Lei de Acesso à Informação por parte da gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB). De acordo com Priscila, seu mandato protocolou oficialmente em agosto e setembro duas solicitações de informação para que a Secretaria de Saúde do Recife esclarecesse o destino de equipamentos e materiais médicos, incluindo EPIs, decorrentes do fechamento dos hospitais provisórios dos Coelhos e da Imbiribeira. Também foram solicitadas a relação de todos os itens, discriminando quantitativo, marca e valor.

Apesar da obrigatoriedade de os agentes públicos responsáveis pelo acesso à informação disponibilizarem os dados em até trinta dias, sob pena de responder processo por improbidade administrativa, as solicitações seguem em aberto noventa e um dias depois. De acordo com Priscila Krause, a “conduta de confronto às regras mais básicas da transparência” é “marca registrada da gestão do PSB”: “existe uma lei de acesso à informação que tem sido desrespeitada ao mesmo tempo em que só se publica no Portal da Transparência os documentos que eles acham interessantes. O mais grave é que estamos buscando respostas sobre equipamentos e materiais comprados com gravíssimos indícios de corrupção e que, diante de um possível crescimento de casos, o recifense precisa saber quantos, como e onde estão”, afirmou.

Ainda segundo Priscila, apenas de insumos assistenciais, os hospitais provisórios dos Coelhos e da Imbiribeira tinham oficialmente em estoque, no mês de agosto, mais de R$ 3,5 milhões. Junto à equipe técnica do seu gabinete, Priscila analisa a possibilidade de interpelar judicialmente a Secretaria de Saúde do Recife e o prefeito Geraldo Julio (PSB) para que cumpram a legislação e respondam às solicitações.

Desde maio, Priscila Krause acompanha os processos de compras e contratações emergenciais da Prefeitura do Recife para a execução do plano de contingência municipal contra a Covid-19. Nesse sentido, já protocolou 39 ofícios apontando irregularidades e solicitando a efetivação de medidas cabíveis nos órgãos de controle federais e estaduais. Em agosto, por exemplo, ela solicitou investigação nos estoques da farmácia central da Prefeitura do Recife, localizada no bairro da Guabiraba, já que as planilhas do sistema Hórus (acompanhamento de entrada e saída de materiais e medicamentos) da Secretaria de Saúde apontavam enorme distância entre o quantitativo comprado e o distribuído, corroborando o registrado pela Operação Bal Masqué da Polícia Federal: milhões de materiais teriam sido pagos, mas não entregues.

Américo Rodrigo

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