Prevendo um resultado desfavorável na largada da campanha eleitoral, o jurídico da campanha do prefeito e candidato à reeleição, Rodrigo Pinheiro (PSDB), caiu em campo para impugnar as pesquisas do Ipespe e Simplex, com previsão de divulgação para esta semana. No primeiro processo, decidiram comprar briga com a Folha de Pernambuco, que contratou o instituto para divulgar o levantamento na próxima terça (20).
De acordo com a justificativa da campanha do tucano, a pesquisa apresenta “irregularidades” com “potencial lesivo suficiente para abalar a credibilidade do resultado, legitimidade e a isonomia no pleito municipal”. O jurídico aponta como irregularidade, o fato de o questionário conter perguntas sobre a avaliação dos governos estadual e federal, o que, segundo a equipe, pode influenciar o entrevistado.
“A inclusão de perguntas referentes ao desempenho e satisfação quanto aos rumos dos governos federal e estadual, principalmente, constituem forte elemento de indução de respostas a serem dadas, no que desvia a atenção do entrevistado da finalidade da pesquisa e desnatura a sua esfera de abrangência. Isso porque, conforme anotado pelo Egrégio Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, há ‘sistemáticas tentativas dos candidatos a se postarem como sendo apoiados por determinado candidato a presidente da República’, nesses casos, apoiados pelos chefes dos Executivos, o que per se, tem o potencial de influenciar o entrevistado e macular o resultado do levantamento. Ou seja, é inegável que o escopo da pesquisa foi ultrapassado, de modo a atingir outra área de abrangência que não aquela que visa auferir informações sobre as eleições municipais da cidade de Caruaru/PE”, disse o jurídico na ação.
Na pesquisa da Simplex, que foi contratada pelo próprio instituto, a campanha de Rodrigo Pinheiro apontou um erro de digitação no número de entrevistados. No sistema estavam registrados 500, mas no corpo do texto havia 400 – em consulta ao sistema do TSE, o Blog Cenário conferiu que a informação já foi corrigida. Devido a essa modificação, a divulgação da pesquisa que aconteceria na terça (20), deve ser realizada na quinta (22). Entretanto, o jurídico aponta outros questionamentos em relação a não conter a lista de bairros em que a pesquisa está sendo realizada e aponta questionamentos em relação à verificação dos resultados.
“Sendo assim, tem-se por incontestável que a pesquisa eleitoral objeto de impugnação carece de confiabilidade, no que a forma como foi estruturada afasta sua higidez e apresenta um arsenal de distorções que comprometem seu resultado, de modo a violar a isonomia, a normalidade e a legitimidade do pleito que se avizinha, devendo ser imediatamente suspensa”, diz o jurídica do tucano no pedido de liminar.
Ambos os processos foram registrados ontem (16), e ainda passarão por avaliação do juiz da 106ª Zona Eleitoral de Caruaru. Ainda não houve movimentação nas ações.
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